Del Toro confirma O Hobbit e já surge orçamento estimado para a produção
Dois filmes baseados no livro de Tolkien devem ser realizados com US$ 150 milhões cada
Como já comentamos duas vezes esta semana, aqui e aqui, Guillermo Del Toro está fechando contrato para dirigir O Hobbit para a MGM e a New Line Cinema, com produção de Peter Jackson. O negócio parece tão adiantado que até o orçamento está fechado.
Serão dois filmes adaptando o livro de J.R.R. Tolkien que deu origem à Terra-média. As filmagens começarão no início de 2009 e serão feitas simultaneamente. O primeiro O Hobbit deve sair em 2010. O fim da saga em 2011. Cada filme tem orçamento previsto de 150 milhões de dólares - repetindo, cada filme.
O anúncio oficial da contratação de Del Toro deve sair em breve.
Andy Serkis fala sobre Tintim e O Hobbit
O eterno Gollum revela que adaptação da HQ usará tecnologia de James Cameron para Avatar
O primeiro nome anunciado para o elenco da trilogia de filmes do Tintim foi Andy Serkis, como você ficou sabendo aqui. Em entrevista à Empire, ele entregou que a técnica de captura de movimentos que a DreamWorks empregará no filme é a mesma que James Cameron usa atualmente em Avatar.
"Já começamos o trabalho na Nova Zelândia, nos sets de Avatar. Tivemos uma semana incrível: Cameron estava lá, Peter Jackson estava lá, e Steven Spielberg estava lá. Todos na mesma sala!", contou o ator, que é um veterano da técnica da captura de movimento desde que deu vida a Gollum em O Senhor dos Anéis e ao gorila em King Kong.
Serkis se mostrou surpreso com o aparato de Avatar. "Você está em um cenário mínimo, com o elenco usando aquelas roupas de lycra com pontinhos, mas no monitor o diretor observa tudo já renderizado, com o set virtual tridimensional e os atores caracterizados como seus personagens." O ator só não confirmou se viverá mesmo em Tintim, como se especula, o velho lobo do mar Capitão Haddock.
Agora, partindo da informação de que será uma trilogia e que Spielberg e Jackson dirigirão um filme cada (o terceiro ainda não tem diretor definido), será que James Cameron se interessaria em estender essa parceria e assumir um dos filmes?
Ah, e Serkis falou também sobre uma possível participação em O Hobbit, já que Gollum aparece brevemente na história, ao lado de Bilbo Bolseiro. "Acho que seria muito difícil recusar uma proposta de voltar a viver Gollum, porque ele já se tornou uma parte de mim", sintetizou. Tantas possibilidades e muitas dúvidas ainda... Leia mais sobre o projeto.
O primeiro álbum de Tintim a ser adaptado para a telona será O Segredo do Licorne. O Tesouro de Rackham, o Terrível, sua continuação, também está nos planos. Só não se sabe ainda se os dois álbuns vão ser reunidos em um só filme ou se representarão dois dos três longas da trilogia.
Steven Moffat, conhecido por escrever a nova encarnação da série de Doctor Who, é o encarregado de adaptar os clássicos quadrinhos do belga Hergé para a telona. O primeiro filme deve ficar pronto em 2009.
Guillermo Del Toro fala de Hobbit, Frankenstein, Tarzan, Dr. Estranho...
E também de Lobisomem e Nas Montanhas da Loucura
Em entrevista à Empire, Guillermo Del Toro falou sobre o desafio de dirigir O Hobbit e seus outros projetos futuros, como Frankenstein e Nas Montanhas da Loucura.
Del Toro começa com uma historinha. "Quando eu tinha onze anos, investi toda a minha suada mesada em quatro livros: comprei a Trilogia do Anel e O Hobbit depois do conselho de um amigo. Aos onze não consegui terminar O Senhor dos Anéis, mas achei O Hobbit bem empolgante e suave, de forma estranha. Não quero dizer que é um livro levinho, mas achei-o mágico de uma forma que me atraiu. Não era um painel imenso como O Senhor dos Anéis. Li rápido, adorei e ficou comigo", relembra.
"Smaug é um grande personagem e há algumas cenas envolvendo inimigos de múltiplas patas que me atraem bastante. Não sou muito atraído por fantasia, nem ficção científica. O que eu gosto é de horror - fantasia sombria, criaturas gigantes, Era das Trevas... Lutas de espadas com elfos não é muito comigo", conta.
Del Toro diz que a produção de Nas Montanhas da Loucura está mesmo estacionada - "procurei locações, montei um orçamento, e foi isso" - e comenta que chegou a negociar para dirigir O Lobisomem. "Era uma reunião final, iríamos encontrar Benicio Del Toro e a equipe de maquiagem, mas no fim não rolou. O roteiro que eu li era divertido, bem divertido."
Sobre Frankenstein, no qual Del Toro já estaria trabalhando, ele diz que a idéia é desenvolver algo próximo do mito. "Mas para fazer justiça ao romance de Mary Shelley seria preciso uma minissérie. Então na verdade o que estou fazendo é pegar o mito e combinar elementos de Frankenstein e A Noiva de Frankenstein sem fazer disso apenas uma versão clássica do monstro. Os melhores momentos que eu tinha do romance ainda não foram passados para a tela. E acho que o único que conseguiu passar o vazio de ser Frankenstein foi Christopher Lee nos filmes da Hammer [clássica produtora de filmes B e de horror], nos quais o monstro realmente parece algo obscenamente vivo."
Os projetos não param. Outro, anunciado em dezembro de 2006, é Tarzan. "Tínhamos um roteiro antes da greve e agora estamos esperando-a acabar. Vai ser bem aventuresco e sombrio, com boas cenas de luta. O que realmente acontece quando um homem briga com um leão ou um gorila? E qual a experiência real de crescer na selva? São as questões que me interessam mas não estou ainda no roteiro do jeito que eu quero."
Por fim, um filme promissor que não costuma aparecer na pauta de Del Toro: Dr. Estranho, o filme do mago da Marvel. "Cheguei a conversar brevemente com Neil Gaiman para escrevermos um roteiro juntos. É um personagem interessante porque dá pra fazer bem na linha do detetive ocultista aventuresco, como foi feita na Weird Tales [revista pulp criada nos anos 30 com personagens como Doc Savage e O Sombra e que deu espaço a autores como H.P. Lovecraft e Robert E. Howard]. E eu certamente dispensaria o uniforme", completou.
Novo processo judicial ameaça produção de O Hobbit
Administradores do legado de Tolkien acusam New Line Cinema de não pagar o que deve
Nem deu tempo de comemorar direito. Em dezembro a New Line Cinema deixou de lado suas desavenças com Peter Jackson para possibilitar que os dois filmes previstos de O Hobbit saíssem do papel. As adaptações agora correm novo risco: os herdeiros de J.R.R. Tolkien estão processando a New Line.
O motivo é o mesmo do processo que Saul Zaentz (produtor do longa animado de 1978) moveu contra a New Line em 2004-2005 e do processo que Jackson moveu entre 2005 e 2007 contra o estúdio: dinheiro que não teria sido passado pela New Line, decorrente dos lucros de O Senhor dos Anéis, às demais partes interessadas na trilogia. Neste caso, aos administradores do legado de Tolkien.
O processo aberto nesta segunda-feira em Los Angeles pela organização britânica de caridade The Tolkien Trust e pela editora dos livros da trilogia HarperCollins diz que foi pago pelo estúdio apenas um adiantamento de 62.500 dólares antes que a produção dos três filmes começasse, quando o devido seria 7,5% de todo o lucro bruto dos filmes. Essa conta inclui dividendos na bilheteria dos cinemas, em DVD e produtos licenciados, o que bate nos 6 bilhões de dólares.
Os planos da New Line de produzir O Hobbit estão em jogo porque o processo busca, além de uma compensação de 150 milhões de dólares, uma ordem judicial que daria aos administradores do nome de Tolkien o direito de encerrar qualquer licença de direitos autorais que a New Line detenha. Em comunicado, o advogado do Tolkien Trust, Steven Mailer, diz que seus representados tentaram ao longo dos anos encontrar uma resolução pacífica e que a New Line bloqueou o acesso à auditoria das receitas da trilogia.
As filmagens dos dois O Hobbit começarão (ou começariam...) no início de 2009, simultaneamente. O primeiro O Hobbit está agendado para 2010. O fim da saga em 2011. Cada filme tem orçamento previsto de 150 milhões de dólares, com direção de Guillermo Del Toro e produção de Peter Jackson.
Guillermo Del Toro comenta o processo judicial que pode afetar O Hobbit
E diz que gostaria de contar com parte do elenco que participou da trilogia
No início da semana caiu uma bomba na cabeça da New Line Cinema que pode inviabilizar a produção dos dois filmes de O Hobbit: um novo processo jurídico por conta da repartição dos lucros de O Senhor dos Anéis. Praticamente acertado como diretor dos filmes, Guillermo Del Toro falou à Empire sobre o problema.
"Já estou sabendo, mas fico bem zen diante dessas coisas. Desde que saiu a notícia, não troquei um único telefonema com meu advogado ou meu empresário ou ninguém. Ouvi comentários e recebi uns e-mails, mas até que esteja 100% no projeto não vou me preocupar com isso", disse Del Toro.
Perguntado se estaria interessado em trazer de volta parte do elenco que participou da Trilogia do Anel, Del Toro respondeu: "Sim, claro. Sou incrivelmente aberto sobre as coisas de que gostei no passado. Já dispensei franquias porque não gostava do que haviam feito antes. E peguei Blade 2 porque adorava os atores e os personagens que Stephen Norrington criou. Multiplique por dez e você tem a razão pela qual estou interessado em O Hobbit".
As filmagens dos dois O Hobbit devem começar no início de 2009, simultaneamente. O primeiro está agendado para 2010. O fim da saga em 2011. Cada filme tem orçamento previsto de 150 milhões de dólares, com produção de Peter Jackson.
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