google-site-verification=3cwbLnIYiMtAvn1eBc0th4vApL5LEIZZoGBNvMGwjVU No clássico dos genéricos, deu o de São Paulo. Ou melhor, o de Alagoas

No clássico dos genéricos, deu o de São Paulo. Ou melhor, o de Alagoas

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Era uma vez um clássico. Tá certo que o jogo era entre times pequenos e sem tradição, o que não deveria fazer eu chamar o jogo de clássico, mas vá lá, era um Corinthians contra Flamen... ops, Milan, quer dizer, Atlético Min..., ah, sei lá, esse “time” que copia as cores de um, o escudo de outro e depois nem sabe as próprias cores e o próprio nome.

Daí... Não, não. Antes disso. Era uma vez um time de futebol que virou uma empresa. Administrado como uma corporação, deixou de ter torcedores para ter consumidores. Consumidores cegos, que faziam tudo que o ditador que se apossou do comando deles mandava. Camisas da empresa, que na época em que ainda eram time eram encontradas a preços acessíveis, triplicaram de preço. O estádio, que antes era simpático e acolhedor, foi derrubado e os pedaços, vendidos para os consumidores. No lugar, foi erguido outro, mas ficou pela metade. Mesmo assim, alguns consumidores passaram a ser segregados. Se você não tem o que interessa aos comandantes dessa empresa (leia-se dinheiro, tutu, grana...), você não coloca o pé dentro do “meio-monumento”.

Para encurtar a história, vamos ao capítulo “Copa do Brasil”. Porque sim, mesmo sendo uma empresa, o time conhecido atualmente por “Paranaense”, nunca disputou um campeonato contra Renault, O Boticário, Electrolux e outras empresas. Talvez por nunca terem inventado um torneio desses. Então, seguiam disputando campeonatos contra times, mesmo...

Um desses campeonatos era a Copa do Brasil. Mas semPRe que jogavam esse campeonato, amarelavam. Certa vez foi contra o todo-poderoso Volta Redonda, do Rio de Janeiro, também conhecido como “Voltaço”. Ano passado, a eliminação se deu contra um time tricolor, que já havia ganhado deles na modalidade “porrada”, em 1996.

Aliás, pensando melhor, acho que o problema não é só com a Copa do Brasil. É com os chamados “mata-mata”. Afinal, ano passado, depois de terem conseguido um empate roubado contra o Paraná dentro da Vila Capanema, tinham tudo para se classificar para a final do Paranaense dentro de casa. Pois é. Tinham. Mas os gritos de “si-lên-cio!” da torcida paranista até hoje ecoam (apenas no lado que existe construção) do Joaquim Am... ops, Aren..., quer dizer, Kyocer... Ah, sei lá como se chama aquele empilhado de tijolos feio e desconfortável situado no fim da rua.

Enfim (prometo que não me desviarei mais do assunto agora), chegamos ao grande dia do clássico que não era clássico lá do começo da história. Uma grande festa. Preliminar contra o fortíssimo parceiro deles, proveniente de um local que tem vasta tradição em football... But, não no nosso football... No deles. Acostumados à bola oval e a traves bem mais altas, os cowboys (não os Dallas Cowboys, timaço da Liga Norte-americana de Futebol americano), vieram aqui e surraram de cinturão e esporas o time B da empresa: 2 a 0.
“Tudo bem...” – pensaram os consumidores presentes à... Bem, àquele lugar mal acabado – “...Era só um amistoso!”. Era mesmo. O jogo, o jogão, o clássico que não era clássico estava para começar. E papo vai, papo vem... 1 a 0 para a empresa. Assim terminou o primeiro tempo. Mas boatos contam que mais da metade dos jogadores da empresa tremeram. Para falar num português bem compreensível, “se borraram”. Claro, do outro lado estava o grandioso Corinthians de Alagoas, que com um jogador a menos empatou a partida.

A decisão de quem enfrentaria o gigante Paranavaí seria nos pênaltis. Fortes emoções numa noite que já presenteara o consumidor com um “confronto internacional”. Era a empresa medindo forças com o vice-campeão alagoano. Gatorade x Rapadura. Espumante francês x Pinga Pitú. Grande disputa, hein? Como nos grandes clássicos mundiais... O tetra do Brasil em 94 contra a Itália... O tetra da Itália contra a França em 2006... Prevaleceu a justiça. Deu o time.

Enfim, depois de tudo isso, revoltados como fica um cliente que paga bastante e é mal atendido em um restaurante, a reação dos consumidores foi baixa, mal-educada e por que não dizer, digna de pessoas que não merecem a Copa do Mundo no seu campinho. Claro, já pensou se lá em 2014, quando Angola empatar o jogo contra a Arábia Saudita eles se revoltam e decidem atirar mais objetos no gramado?

Só para encerrar, digo a todos que se eu fosse torced..., quer dizer, consumidor dessa empresa, certamente tinha amanhecido na fila do PROCON.

http://www.globoesporte.com/blogdoparana

Pra semPRe Paraná!
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