google-site-verification=3cwbLnIYiMtAvn1eBc0th4vApL5LEIZZoGBNvMGwjVU PHFIC - Terrifico Fantasma - Capítulo X – Reviravoltas

PHFIC - Terrifico Fantasma - Capítulo X – Reviravoltas

0
Cristina cada vez que se encontrava na antecâmara da cripta mostrava-se confiante, segura e certa que seu objetivo agora era salvar a Tuzov perdida. A luz que agora encobria suas mãos era o sinal, suas visões agora eram cristalinas, se via em uma grande clareira com uma túnica branca e uma tiara dourada. Instruida pela voz estudava antigos livros e fazia interessantes descobertas, pareciam não ser mais novidades pela facilidade em entender-las. Ela se movimentava com tranqüilidade devido a prostação do marido e porque Érica apenas se preocupava com suas brincadeiras.

Enquanto que em Montgnac, Carol e Fabiana são forçadas a participar dos estudos e iniciações satânicas por Sarah além de seus bacanais e suas festas, aqueles comportamentos eram repulsivos para as duas moças, mas crescia dentro delas um ódio que em breve poderia explodir.

Fabiana lembrava apenas de seu casamento, a sua alegria ao entrar na capela, seus sonhos, os passos decididos ao lado de seu pai, a felicidade parecia abrir as portas para ela, o marido que sempre sonhou, muitas flores perfumando o altar, os arranjos nos bancos da capela, tudo um ambiente de sonho, agora vivia mergulhado em um pesadelo sem fim.

Juliana Marotti olhava para Fabiana com fúria intensa, afinal ali estava casando o homem de sua vida, mais uma vez a felicidade lhe barrava o acesso, lembrava do momento odioso quando casou com o barão Kozen, só tinha amargura no coração e pretendia tornar a vida de Fabiana um inferno.

Mestre Leonardo analisando alguns papiros começa a falar com Sarah:

- Ele não morreu, ele está presente entre nós!

Sarah fica petrificada com a noticia, pela primeira vez notou uma preocupação no rosto de Mestre Leonardo, suas sobrancelhas arqueadas demonstração uma inquietação que há muito não era expressa.

Ela decide intensificar seus treinamentos com os noviços, tirando deles todas as energias para o efeito final. Queria dominar a região novamente e ter condições de impedir uma nova derrota.

Dor e sofrimento passam pela sua mente, procura se saciar nos festivais e nos bacanais, mas já não tinha um repositório necessário para seu prazer, nem as constantes freqüências a cripta de Montgnac lhe proporcionavam aquilo que buscava, necessita de mais e mais, arrisca em uma estratégia perigosa: convoca sátiros e faunos para seus festins e torna isto de difícil manejo, notava cada vez mais fracos seus poderes.

Afinal seu banho com sangue de virgens não mais funcionava, decidiu que daqui para frente, utilizaria o poder total e para isto iria utilizar todos os recursos a seu dispor em Komedhor.

Obrigado por Sarah a se aprofundar em feitiços, Fabiana cada vez mais notava que aquilo não lhe era estranho, mas guardava para si cada avanço. Sabia ocultar qualquer progresso, que poderia em um momento de fraqueza começar sua vingança, seu alvo já previamente escolhido, seria vitima fácil.

Vasculhando cuidadosamente os livros de magia as suas lembranças vinham nítidas e com detalhes nunca antes estudados, aprendera a tirar o sinal de sua virilha e com cuidado instruiu a Carol para que pudesse tirar a sua, mesmo assim não demonstravam nenhuma diferença nos ritos e costumes que eram obrigados a seguir, agora aquela noite era ideal, Sarah, Mestre Leonardo Juliana Marotti e Zatorsky estavam longes de Montgnac.

Notando o afastamento de todos para Komedhor e aprisionando o Barão no calabouço, o bispo Jacques Noir decide dar uma festa particular, todos os seus companheiros de vícios e orgias foram convocados, a luxúria era apenas uma parte dos festejos, bebidas em profusão, espetáculos dantescos.
Madrugada alta, Fabiana começa a fazer evocações e a primeira seria a banshee Bean-Nighe , suas práticas e rituais acabam por repercutir no grande salão de Montgnac, onde surge uma lavadeira, lavando roupas sujas de sangue, também aparecem uma jovem e bela mulher, e uma velha repugnante. Suas faces são sempre muito pálidas como a morte, e seus cabelos por vezes são negros como a noite ou ruivos como o sol. Pelo gemidos, que ela reconhece que seja de uma Banshee e som especialmente triste e melancólico como do uivo do vento. Após estes eventos Fabiana e Carol vão descansar.
Ao acordar, Fabiana encontra no salão algumas pessoas gemendo e outras já mortas, o bispo Jacques Noir ainda moribundo pede ajuda:
- Me ajude! Estou morrendo
Fabiana com fúria coloca o pé no pescoço do bispo e fala:
- Queimem no inferno, seus leprosos.
Satisfeita com sua vingança, Fabiana caminha em direção ao quarto de Carol e diz:
- Estamos vingadas, Carol
Visualizando tudo de Komedhor, Sarah comenta com Mestre Leonardo o bom instrumento que Fabiana utilizou para acabar com o bispo lascivo.
- Sempre vencido pela luxúria, sempre vencido pela falta de controle de seus instintos. Como ele é fraco, mereceu morrer e ainda mais aos poucos sofrendo muito.
Mestre Leonardo não se mostrava muito preocupado com a morte do bispo, apenas fazia consultas aos seus papiros e fazia evocações em seu laboratório A cada consulta ficava mais preocupado com seus destinos, os vincos na testa cada vez se pronunciavam mais.
- Livre-se de seu marido Sarah e você Juliana Marotti acabe com aquele boneco no calabouço.
Era uma ordem que Sarah não tardaria a cumprir, pelo portal ela chegaria a Montgnac, levando Carol consigo, ela seria sacrificada em honra a Pratissuria.
Juliana Marotti desce os degraus, chega até o Barão e cospe no seu rosto:
Seu fim chegou, a vadia vai acabar com você, e vou fazer que isto seja da maneira mais dolorosa possível, está vendo a roda, é lá que você vai ficar, eu quero que cada pedaço do seu corpo seja arrebentado, quero ver seu sangue jorrar e daí vou beber você, vou festejar a sua morte.
Fabiana que já conhecia os rituais de Sarah, evadiu-se de Montgnac e foi para perto de um grande carvalho, posicionou-se a lado oeste e depositou um copo com água, sal e uma concha marinha no solo junto a arvore.
Cristina, alertada que deveria ir ao encontro de seu destino, sai da cripta junto com seu acompanhante, para não atrapalharem, ele coloca Eric e Érica em sono hipnótico.
- Será melhor para eles, não tem a exata dimensão de que vamos fazer ou enfrentar.
Ambos pegam uma carruagem veloz até o velho carvalho, no caminho, velhas recordações e novas preocupações.
- Será que conseguiremos atingir nossos objetivos e salvar a Carol?
- Claro minha querida, tudo irá dar certo, aliás sempre dá.
- Sempre dá? Parece que isto já foi feito antes
- Sim, já foi feito, por isto que devemos impedir que, desta vez, Mestre Leonardo e Sarah tenham mais sorte.
- Você conhece eles ?
- Claro, já nos encontramos antes, mas nada temas, temos dois bons amigos que nos ajudarão.
- Como assim?
- Não se preocupe, que eles nos encontrarão em breve.
Chegando a grande carvalho, encontraram Fabiana, inicialmente aguardaram os dois amigos para preparar o circulo mágico, muito embora Cristina e Fabiana não entendendo nada do que foi feito, estava agora montado um altar para a Deusa Brigid nas cores vermelho, laranja e verde. O Acompanhante de Cristina manda-as se afastarem e a instrui a evocar a deusa:
"Bride, Dama Supeior,
Chama súbida;
Que o brilhante e luminoso sol,
Nos leve ao reino eterno."
Eu construo meu fogo hoje
na presença dos Deuses Sagrados do Céu.
na presença de Brigid da forma bonita
na presença de Lugh de todas as belezas
sem ódio, sem inveja, sem ciúmes,
sem medo ou horror de ninguém sob o sol
porque meu refugio é a Mãe Sagrada.
Ó Deuses, acendam o fogo de amor dentro do meu coração,
por meus inimigos, por meus parentes, por meus amigos
pelo sábio, o ignorante, e o escravo
da coisa mais humilde
até o nome mais alto.

Naquele momento uma flecha de fogo saiu dos céus e entrando rapidamente em Komedhor acerta o coração de Pratissúria, no momento em que iria abocanhar Carol em sacrifício, a fera solta um gemido surdo e cai ao solo para surpresa de todos. A dançarina de Kali, Vairami aparece em sua forma fluidica e com suspiro suave diz:
- Estou livre desta maldição secular, logo após cobre Carol com uma densa névoa esverdeada e perante todos some levando a jovem junto.
Nervoso, mas contido, Mestre Leonardo fala com Sarah:
Não adianta mais ficar aqui neste castelo, nenhum lugar agora é mais seguro para nós, teremos que sair e enfrentar-los, ele está de volta, nada que fizermos daqui para frente mudará isto, vamos para o grande carvalho e venceremos.
Em frente a arvore, Vairami entrega o presente precioso para Cristina, Carol ainda entorpecida pelas poções de Sarah, aos poucos tenta recobrar a consciência. A condessa feliz com a filha nos braços, apenas olha para a mesura que Vairami faz para seu acompanhante:
- Mestre, mais uma vez eis me aqui ao seu dispor, sabes que fui pega em uma cilada de Mestre Leonardo, encantada naquele tigre empalhado, precisava de sangue para nutrir a aquela animação bizarra. Estou aqui para que possamos mais uma vez evocar a Deusa Kali para vencer as forças do mal.
- Aguardemos que as forças das trevas não tardarão a vir, fique vigilante, quando o momento chegar estejamos a postos.
Em momento de preparação Cristina faz a invocação a Brigid, assumindo o papel de sacerdotisa e os demais assumem os outros papeis. Eles falam:
Ó Brigid abençoada,
Mãe de Deuses,
Mãe dos Homens,
Me salva de cada mal,
Me salva, alma e corpo.
Cristina coloca o seu xale na cabeça e fala:
Ó Brigid vitoriosa, Chamo (Chamamos) você, Grande Deusa, de seu lugar com as Tuatha Dé Dannan.
Poetisa dos Deuses
Defensora da Lareira
Juíza da Vida
Cristina oferece o leite, colocando-o no copo vazio perto da vela. Agora ela coloca três pães no prato para o pão e coloca o prato perto da vela. Ela fala uma simples reza pedindo à Deusa a aceitar a
oferta do leite e pão. Depois ela fala uma reza para abençoar o resto do pão e leite que os participantes vão dividir.
Com seus braços cruzados sobre o peito ela fala:

Ó Deusa Brigid,
Prepara nossas corações
Para que amor possa viver.
No mundo escuro
Deixa-nos sempre ter tua Luz.

Deixa tua capa
cobrir essa família,
No meio do inverno
Deixa teu fogo esquentar.

Nossas vidas são uma vida
Nossos sonhos, um sonho só.
Deixa meu povo dividir na vida
e sempre conhecer tua bondade.

(Ó Mãe de Deuses)
Defenda-nos com teu escudo
Vigia-nos com teu olhos.
Deixa meu povo ser teu povo,
Seja no mar ou na terra.

O cordeiro sempre correrá para a ovelha,
O passarinho sempre chorará por comida,
O bezerro sempre procurará a vaca,
A Brigid sempre será conosco.
Cristina toma um pouco do leite e pão, e passa-o para os outros participantes. Eles bebem e comem o pão. Ela deixa a vela acesa por algum tempo. Depois, a sacerdotisa ajoelha-se em frente a vela com as mão abertas. Ela faz uma reza de agradecimento para Brigid. Ela fala :
Eu apago este fogo com os poderes dos Druidas
Os deuses guardam-no, nenhum inimigo disperse-o.
Brigid seja o teto sobre nossa casa Para todos dentro
E para todos fora.
A espada de Nuadha na porta, Até a luz da manha.

Ela Extinge o fogo. Todos falam:

Slán leat, a Bhríd!
Tags

Postar um comentário

0Comentários
Postar um comentário (0)
To Top